top of page

Reflexões — Capítulo 11—A decisão de abandonar um projeto.

  • Foto do escritor: Andressa Siqueira
    Andressa Siqueira
  • 11 de ago. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 17 de ago. de 2020


ree

A pouco tempo decidi abandonar um projeto que estava apaixonada e queria muito que desse certo, nossa como eu odeio abandonar algo sem finaliza-lo, principalmente quando acredito na ideia. O motivo estava começando a custar a minha paz e — como eu disse no meu artigo “Reflexões — Capítulo 10 — Não deixe que nada abale sua saúde mental.” — se custa a minha paz, então é muito caro.


Vamos voltar um pouco na linha do tempo para que você entenda.


Esse ano entrei de cabeça em um projeto de organização de um evento. A ideia do evento é reunir várias pessoas do brasil inteiro para um dia de troca de conhecimento. (Não vale a pena entrar em mais detalhes do que isso pessoal).


Eu amo a ideia do networking, a ideia de conhecer novas pessoas, de ajudar e compartilhar um pouco o meu conhecimento. Esse tipo de coisa sempre me fez bem.


ree

Pois bem… em uma das primeiras reuniões sobre o evento, várias pessoas falaram que iriam ajudar, cada uma pode escolher a área que iria ajudar e quase nenhuma área ficou com uma pessoa só somente porque todos trabalham, estudam e aquilo ali era feito por amor. Sabíamos que seria tudo correndo, +- 3 meses para montar um grande evento. O indicado é que um evento do porte que queríamos fazer comece a ser planejado no início do ano.


Começou o trabalho. Cada um na sua área… pouco tempo depois, eu e uma amiga percebemos que a maioria da galera não estava correndo atrás. Os motivos eram sempre os mesmos: “Estamos sem tempo”.


ree

Não discutimos, e aos poucos fomos assumindo as tarefas das outras pessoas, estávamos correndo atrás de patrocínio, de pessoas que gostariam de “trabalhar” no evento, montando calendário, fazendo cotação de preços e etc. De n pessoas, passamos para 4!


Não demorou muito, ouvimos um estou sem tempo de quem era responsável pelo Marketing do evento e então eu assumi! Comecei a usar como base o Marketing feito por outros grandes eventos que enchem e são sempre um sucesso!


Cara, estava sem tempo também. Eu trabalho, estou com certas funções que são novas para mim (análise de dados e etc.), estou fazendo uma pós e ainda tentando escrever um artigo sobre a minha dissertação do mestrado. Praticamente todo tempo livre que tinha estava fazendo algo pro evento e até mesmo adianto várias coisas importantes para que tudo fosse feito a tempo.


Uma das primeiras coisas que ouvimos foi “Se vocês continuarem a serem perfeccionista o evento vai ficar vazio”. Então quer dizer que vale a pena fazer de qualquer jeito só pra dizer que foi feito!? Não pra mim… Meu nome estava naquele projeto então vou fazer da melhor forma que puder! Batemos o pé que sim, tentaríamos fazer da melhor forma possível.


Depois ouvimos que nossa forma de Marketing que ao fizermos do nosso jeito só fizemos os números piorarem. Mano do céu, com tanta coisa pra resolver que era básica o foco não era o número de participantes antes… Claro que esse número era importante… mas ninguém paga nada sem saber o que vai ter…


Nunca vi ninguém pagar um show sem saber quem vai cantar no dia! (Exceto Rock Rio ok! kkkkkk)


Ao tentar sinalizar outros pontos que estavam afetando os números (engajamento do pessoal que falou que ia fazer alguma coisa, falta de agenda fechada, a correria desenfreada, a falta de planejamento adequado, ter iniciado o projeto muito em cima da hora e etc.) ouvimos que não precisava falar do passado.


Falar sobre o passado, pontuar os erros e achar uma forma de acerta-los para que não aconteça novamente é uma das principais coisas que fazem as pessoas evoluírem e os projetos serem cada vez melhor!


Ouvimos também que o fato de ter 4 pessoas que não conseguiam estar 100% focadas no projeto não era um problema. E que tudo que eu estava falando era apenas uma desculpa como se eu não quisesse assumir que a culpa de tudo era o nosso marketing.


Eu sei que o nosso marketing tinha problemas, estávamos descobrindo o que fazer e como, tínhamos uma ideia mas sabe o que sabíamos sobre as fontes das letras e como elas podem ajudar ou derrubar, nada antes de começar essa tarefa… Começamos a ler sobre tudo, organização de evento, como fazer campanhas e etc. Aceitaria sugestões e conselho de boa… mas não posso aceitar que meu esforço e o conhecimento que eu tenha (mesmo que mínimo) seja menosprezado.


ree

Já estava estressada demais só com a organização e não precisava atuar coisas assim também. Então decidi sair da organização e deixar as pessoas que estavam criticando tanto nosso trabalho terminar tudo! Doeu sim, mas como ouvi também durante a reclamação do engajamento “minha saúde física e mental vem em 1º lugar”.


Depois disso, avisei a todos do grupo que estava saindo e passei tudo que estava na minha mão, para as mãos deles. Avisei também a todos que estavam em contato comigo antes por causa do evento sobre a minha saída e quem seria o novo ponto de contato.


Apesar de doer a saída, pela primeira vez desde que entrei no projeto consegui ter uma noite de sono de qualidade e pude realmente descansar. Rearrumei minha agenda, refiz minhas prioridades e agora voltei a dar foco nas minhas coisas e estou repetindo sempre um dos meus pequenos mantras.


ree


Se custa a minha paz, então é muito caro.


Comentários


Assine a newsletter e fique sempre por dentro dos artigos que escrevo 

Obrigado(a)!

CONTATO

Obrigado pelo envio!

© 2020 por Andressa Siqueira. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page