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Reflexões — Capítulo 12—A necessidade de uma parada quase que total

  • Foto do escritor: Andressa Siqueira
    Andressa Siqueira
  • 4 de set. de 2020
  • 5 min de leitura

Já escrevi aqui no blog algumas vezes falando das nossas próprias cobranças, de como isso pode interferir no nosso desempenho acadêmico, profissional e pessoal e também como as vezes é necessário renunciar a alguma coisa para manter a nossa saúde mental!




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Mas dessa vez, vim falar como isso tudo quase me fez parar totalmente!

Durante muito tempo achei que devia esconder meus sentimentos e fraquezas. O porquê?

  1. Minha família já tinha problemas demais para mim e não precisavam de mais coisas para se preocupar!

  2. Passei por um relacionamento, que hoje considero que foi abusivo em vários momentos. Não sentia liberdade para falar sobre diversas coisas pois sabia que elas acabariam gerando brigas e discussões

  3. A grande pressão exclusivamente gerada pela minha cabeça em “dar certo na vida” rapidamente para ajudar e retribuir todo sacrifício dos meus pais!

  4. Porque a sociedade, de forma geral, diz que pessoas bem sucedidas não possuem fraquezas, não se lamentam. Elas agem, fazem dar certo..., mas ninguém conta quantas vezes antes, deu errado!


Consequência disso:

1. Enorme dificuldade de aceitar que meus erros são normais.

2. Enorme dificuldade de terminar as coisas que davam errado pelo menos uma vez

3. Enorme cobrança interna onde tudo devia sair lindo, maravilhoso e perfeito na primeira tentativa senão me sentia um fracasso.

4. Minha cobrança diária em ser a filha, profissional e mulher perfeita e exemplar para que eu me sentisse realizada, plena da forma que sociedade nos cobra.

5. Minhas crises de dores no estomago e enxaqueca quando algo não sai como planejado.



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Isso com o tempo foi me desgastando... sem que eu pudesse perceber, afinal, sempre tinha algo para fazer, que era minha válvula de escape (Minhas palestras, a fotografia, meu trabalho e até mesmo meus amigos e colegas)

Um buraco foi se criando em mim durante quase 25 anos sem que eu fizesse algo para consertar...

Então veio a pandemia do Corona vírus e com ela, o isolamento social... de repente, do nada tinha “perdido” praticamente todas as minhas válvulas de escape.

As primeiras semanas foram de boas... tranquilo, afinal, poder trabalhar de casa é uma benção! Mas depois não fio bem assim, quando mais eu ficava em casa, mas tinha que encarar meus defeitos, erros e coisas que eu precisava aprender e melhorar!

Olhar redes sociais começou a ser tornar extremamente doloroso para mim, afinal, quase ninguém vai na internet e fala sobre suas falhas, medos, inseguranças e etc.... Todos basicamente só falam da parte boa de suas vidas, suas viagens, seus amores e isso pra quem não está com estabilidade mental e/ou emocional é destrutivo, nós faz sentir fracassados e sem perspectiva. Já estava dificil antes com tudo que estava na minha cabeça e durante a pandemia piorou de vez então me afastei das redes....

E foi o que aconteceu, com um tempo, não conseguia mais fazer que 1 coisa no dia, o que significa, que só conseguia trabalhar durante a semana. E fora isso, só queria ficar deitada na cama e dormir durante o dia e a noite tinha crises de insônia... Hoje vejo que era uma forma de fugir de tudo.



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Até que um dia, durante uma das minhas crises de insônia passou em minha mente a seguinte frase “Vai ler alguma coisa, isso vai te ajudar” e uma certa sensação de paz tomou conta de mim. Não sei a religião de vocês que estão lendo esse texto, mas eu sou espírita! Na mesma hora pensei, “será que meus guias estão tentando falar comigo e me ajudar? “. Resolvi seguir o conselho que passou na minha mente, mas ler o que? Não sabia exatamente.... Peguei meu Kindle e comecei a procurar em minha biblioteca algo para ler... meu deus... um monte de livros técnicos e a cada um que eu via, algo na minha cabeça dizia, “Esse não”.

Fiquei assim durante um tempo, sentada no sofá, vendo um monte de título de livros técnicos enquanto rolava a lista de livros na minha biblioteca até que, passei por um livro que tinha o seguinte título no kindle “Iniciação (E se a mediunidade falasse)”. Ao ler esse título, algo em minha mente falou “Esse, é esse que você tem que ler”. Mas uma vez resolvi seguir “meus” pensamentos.... Abri o livro e comecei a ler...

Para minha surpresa, logo nos primeiros capítulos li o seguinte texto:

“Quando estamos sempre apreensivos com as coisas materiais o sentimento e a inteligência não se desenvolvem satisfatoriamente.”

Isso me fez pensar que eu estava dando importância demais a coisas pequenas...


Poucos capítulos depois li:


“O que significa ser saudável ... Cultivar o equilíbrio emocional é essencial. Muitos não entendem que por terem vivido uma juventude cheia de emoções passarão o resto da encarnação angustiados, irritadiços e nervosos “


Mano, nesse momento deu tipo um bum na minha cabeça... Veio aquele instalo onde eu parei e pensei... “Sempre tento ser boa e justa com todos, porém não tenho esse mesmo tato comigo mesmo. Sempre me coloco no lugar do outro para tentar entender uma falha, mas quando eu falho, simplesmente não aceito e isso é muito ruim. t ame levando para o fundo do poço”



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Naquele momento sabia o que tinha que fazer a curto, médio e longo prazo.


Primeira coisa que fiz, foi incorporar na minha rotina o estudo do evangelho... nesse momento leu sempre um livro espírita, passagens da bíblia e logo depois fico em silencio tentando me conectar com Deus e com meus guias!


Dei um freio quase total em tudo que fazia... tentei continuar somente com as obrigações, nesse caso, meu trabalho...


Uma semana de depois estava me sentindo confiante para pedir ajuda, conversei com meu esposo sobre o que estava sentindo e o porquê.... nossa como foi difícil para mim, afinal, sempre fui de guardar tudo e naquele momento estava me abrindo totalmente... Ele entendeu e mais uma vez prometeu me ajudar a evoluir e me cuidar! (Tive muita sorte em meu caminho ter cruzado com o dele). Além dessa conversa com ele, fui terminar de fazer alguns exames de check-up que tinha que fazer e comecei a ir em uma psicóloga.


Meu primeiro dia na psicóloga, eu parecia uma criança, chorei muito ao falar tudo que estava inacabado na minha vida, meus sentimentos, experiências etc. Ela, um amor de pessoa, falou que estava ali para me ajudar e que irá me ajudar.


Tentei voltar a estudar e comecei a me sentir um fracasso, pois chegava no final do dia e estava sem forças para qualquer coisa... ao compartilhar isso com meu esposo e com minha psicóloga, conseguir ver que estava tentando voltar pro padrão anterior... de tentar fazer tudo , abraças o mundo com as pernas... pensei e refletir e com ajuda deles, comecei uma agenda, onde estudo de manhã e depois trabalho... assim, comecei a fazer duas coisas por dia!


Recomecei também a escrever meu artigo, que estava parado, pois não conseguia escrever uma linha... Com a força se renovando, e dessa vez me permitindo errar, por mais difícil que ainda seja, consegui recomeçar a escrever e a sensação foi tão boa!


Aos poucos estou adequando meu dia-a-dia, minha mente e meu espírito para aceitar que não sou perfeita, erros acontecem e que evolução em qualquer parte (seja espiritual, material ou educacional) levam tempo para acontecer...


Ainda estou num processo de cura de antigas feridas, aceitação de meus próprios erros e evolução. Comecei a aceitar que esse processo nunca mais vai ter vim e que isso é bom! Que sucesso no meu dia deve ser medido não pelo dinheiro ou por elogios recebidos mas sim pela quantidade de pessoas que pude ajudar, pela quantidades de barreiras que venci e por saber que tentei o melhor de mim para cumprir minhas metas, independentemente dos resultados, ajudar e mostrar as pessoas que amo todo meu amor e sentimento.



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